Estudo com quase seis mil entrevistados mostrou também que o grau de insatisfação tem a ver com idade, formação profissional e a área de atuação.
A pergunta "você é feliz no emprego?" foi feita por uma associação de recursos humanos a quase seis mil trabalhadores. Quarenta e oito por cento responderam não e as mulheres foram as mais pessimistas, com 59%.
Um consultor saiu com a nossa equipe para propor mudanças às pessoas, mas sem que elas troquem de emprego. No caso de Gleidson, ele orienta: “Office boy geralmente é inicio de carreira. Então, ao contrário de você pedir um aumento de salário peça oportunidade de ganhar mais conhecimento na sua empresa, para lá na frente você pedir um salário melhor”.
O estudo mostrou também que o grau de insatisfação tem a ver com idade, formação profissional e a área em que a pessoa atua. A maioria acabou de deixar a faculdade, tem até 30 anos e trabalha nas áreas administrativa ou financeira e em empresa privada.
“Tem muita gente insatisfeita no trabalho porque as pessoas têm expectativas mais altas, já vem achando que vai ter independência, fazer o que quiser, ai chega na hora, é um pouco diferente”, declara Henrique Carneiro, operador de bolsa.
Satisfação no emprego
- procure não misturar problemas pessoais com o dia a dia da empresa.
- se o problema for com o chefe, você pode negociar para mudar de departamento
- mas se for com você, conte a um superior sobre o seu caso, mas evite dizer aos colegas para não gerar fofocas.
- procure distrações: saia com os amigos, faça cursos, vá à academia.
- se nada adiantar: peça um afastamento temporário até resolver o que te aflige
“É muito comum o profissional achar que o problema é da empresa. Muitas vezes não é, é dele. Acha que está eu ganhando pouco, mas está gastando quanto? Muito mais do que você ganha?”
O escrituário Angelo Malacrita, “Eu pago cafezinho, lanche para a turma, hé 14 anos, e ate hoje não me pagaram uma balinha. Acho que é só isso que eu fico chateado”, afirma.
Quem nunca teve um colega camarada como ele? “A generosidade no trabalho é boa. Você se sentir num ambiente familiar, acho que facilita tudo, tudo rende mais, mais reconhecido, mais querido”.
Mas cuidado, generosidade tem limite. “O generoso, ele paga o pato por ser muito generoso. Tem a hora para falar sim e não. É importante aprender a falar não para as pessoas porque você vai ser o eterno pagador de café na sua empresa seja mais profissional. Seja sempre educado... Troque o café por uma piada, que é de graça”.
Outras informações da pesquisa:
A pesquisa realizada e coordenada por Elaine Saad, da Right Management, foi feita com um universo de 5.685 entrevistados, e revela que 48% de pessoas estão infelizes no trabalho, sendo que o percentual de mulheres (59%) supera o de homens (41%) igualmente insatisfeitos.
Os entrevistados responderam apenas SIM ou NÃO à pergunta "Você é feliz no seu trabalho atual ou na sua última ocupação? Lembrando que esta felicidade significa, sentir-se bem, motivado, realizado e com boas perspectivas de crescimento na maioria do tempo.
Com relação à faixa etária, os menos felizes têm entre 20 e 30 anos e representam 32% dos entrevistados, contra apenas 8% de não satisfeitos na faixa dos 40 aos 50 anos. Isto pode ser explicado de acordo com a experiência adquirida na vida profissional: os cargos são de mais responsabilidade e os salários vão aumentando.
Localização Geográfica: 86% dos profissionais que se consideram insatisfeitos são do estado de São Paulo, seguidos pelos do estado do Rio de Janeiro com 4%, Paraná e DF com 2% cada e Minas Gerais com 1%. Os demais estados juntos somam 5% dos que responderam NÃO à pesquisa.
A formação acadêmica parece estar totalmente ligada á felicidade no trabalho, uma vez que o maior número de entrevistados que responderam NÃO à pesquisa possuem graduação(61%). À medida em que escolaridade aumenta, o percentual de insatisfação diminui da seguinte forma: pós-graduação (18%), MBA (15%), mestrado (5%) e Doutorado (1%).
Os graduados em administração de empresas representam 23% de entrevistados que disseram NÃO à pesquisa , portanto são os líderes deste grupo, seguidos pelos profissionais com formação em secretariado (11%). Com 4% ficam empatados os profissionais das áreas de Comunicação Social, Filosofia, Relações Internacionais e Tecnologia da Informação.
A área administrativa concentra o maior número de entrevistados que responderam NÃO à pesquisa (17%), seguida pelas áreas financeira (9%) e recursos humanos (8%). O menor percentual de insatisfeitos, empatados com 4%, estão nas áreas de Consultoria e Varejo.
Regime de contratação e cargos ocupados
Os funcionários de empresas privadas lideram o grupo dos insatisfeitos no trabalho- 74% dos que disseram NÃO à pesquisa, seguidos dos funcionários públicos (10%), empatados com 2% de entrevistados que disseram NÃO à pesquisa estão os profissionais liberais e os sócios de empresa.
Sobre os cargos que ocupam, quanto mais baixo o cargo, maior é o número de insatisfeitos. Os analistas são os menos satisfeitos (26%) contra apenas 8% dos presidentes e diretores de empresa.
Analisando de modo geral, é possível notar que o percentual de entrevistados que responderam NÃO à pesquisa da felicidade aumenta na medida em que os cargos e salários são menores. A faixa salarial entre R$ 1 mil e R$3 mil concentra a maior parte dos não satisfeitos (36%) contra 8% com faixa salarial acima de R$ 20 mil.
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