Entre as empresas que anunciaram investimentos no Paraná estão as multinacionais Paccar, Sumitomo, Renault, Klabin, Catterpillar, Limagrain-Guerra, Ambev, Jacquet, Arauco, Masisa, Evonik, BO Packaging, TetraPak e Volvo. Também entram na lista empresas nacionais e estrangeiras pequenas e médias de diferentes ramos, como agroindústria, metal-mecânica, informática, movelaria, alimentos, medicamentos e cimento, entre outros.
O secretário da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, diz que a criação do Paraná Competitivo tornou a política estadual de atração de empresas mais moderna e flexível. Cada caso recebe análise específica, orientada pelas demandas do setor e da empresa e pelas necessidades do Estado. "Isso nos tornou mais competitivos em relação a outros Estados brasileiros e a países do Mercosul", afirma.
Barros também credita o sucesso das ações ao ambiente propício para negócios criado com o governo Beto Richa, desde janeiro de 2010. "Temos hoje um cenário de respeito, diálogo e segurança jurídica. São fatores fundamentais para os empresários negociarem os seus investimentos", afirma o secretário, lembrando que a produção da indústria do Paraná apresentou o maior crescimento do País em 2011.
PRÓXIMAS METAS – Os focos agora são avançar com novos contatos nacionais e internacionais, com a ação da Agência Paraná de Desenvolvimento (APD) e o fortalecimento das micro e pequenas empresas no interior.
Barros lembra que o Paraná tem interesse especial no setor de tecnologia e de produtos com alto valor agregado e que a Lei de Inovação, sancionada recentemente pelo governador Beto Richa, vai incentivar a pesquisa e o desenvolvimento científico e tecnológico no Estado. Há oportunidades de investimentos em áreas como biotecnologia, metalmecânica, nanotecnologia, equipamentos médicos, máquinas e equipamentos, energia, tecnologia da informação, indústria do pré-sal.
Outra ferramenta que deve aumentar a eficiência do Paraná na atração de novos investimentos é a Agência Paraná de Desenvolvimento. O órgão foi criado para mapear potencialidades e apoiar investidores nacionais e internacionais. A Agência vai centralizar informações de diversas áreas, garantindo apoio aos empresários que investirem no Paraná. Além disso, vai elaborar uma base de dados para auxiliar na tomada de decisões de governo.
INTERIOR e MPE&39;s - Barros reconhece que há dificuldades para a instalação de grandes indústrias em pequenas e médias cidades do interior. "A proximidade com os portos e com o mercado consumidor é um diferencial para a maior parte dos empresários, por isso a força dos parques industriais da Região Metropolitana de Curitiba e agora de Ponta Grossa e região", explica.
Segundo ele, para compensar esse custo logístico da instalação das indústrias mais ao interior o Governo está finalizando estudos para criar uma política de compensação para os empresários que se instalarem nos municípios mais distantes da infraestrutura ou do mercado consumidor. "É um grande desafio", frisa.
Outra alternativa que já vem dando resultados são as ações de incentivo ao segmento de micro e pequenas empresas. Um setor que representa 98 % de todas as empresas do Paraná. São 493 mil estabelecimentos que empregam 1,1 milhão de pessoas, além de mais 160 mil empreendedores individuais.
"Temos a melhor legislação tributária do País para o segmento. Hoje cerca de 85% das empresas não pagam ICMS", exemplifica Ricardo Barros. Só em 2011, o Paraná abriu mão de aproximadamente R$ 1,2 bilhão de arrecadação para contribuir com o segmento.
O governo mantém em parceria com a Fomento Paraná e com diversas instituições o programa Bom Negócio que alia crédito barato e capacitação gerencial gratuita aos empreendedores. O Bom Negócio tem uma das menores taxas de juros do país (0,51% ao ano) e ainda dá cursos gratuitos para quem já empreende ou que quer começar a empreender.
Outra ação é o estabelecimento de canais regionais de diálogo para levantar as demandas do setor. Para isso foram instaladas 18 unidades do Fórum das Micro e Pequenas Empresas espalhadas por todas as regiões do Estado. Os espaços reúnem periodicamente representantes dos poderes públicos municipais, estadual e federal, federações, associações, iniciativa privada e outros que discutem problemas e soluções que afetam o setor. O Fórum paranaense é um dos pioneiros, considerado referência nacional e utilizado como modelo por outros estados
PARANÁ COMPETITIVO - O Paraná Competitivo foi criado no início de 2011 para reinserir o Paraná na agenda dos investidores nacionais e internacionais. O programa contempla uma série de medidas por meio da dilação de prazos para recolhimento do ICMS, investimentos para melhoria da infraestrutura, comércio exterior, desburocratização e de capacitação profissional, para tornar o Estado atrativo para novos empreendimentos produtivos que gerem emprego, renda, riqueza e desenvolvimento sustentável em todo o estado.
Os benefícios são definidos tecnicamente e levam em conta critérios como o tipo do investimento, a geração de empregos, o impacto econômico, meio ambiente e o grau de inovação. Quanto mais carente e necessitada for a região, maiores são os incentivos concedidos pelo Governo do Paraná.
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